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Morning Call: China sanciona empresas americanas e intensifica disputa comercial com os EUA

Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, iniciou a semana em movimento de recuperação em meio ao alívio das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, encerrando o pregão desta segunda-feira (13) em alta de 0,78%, aos 141.783 pontos. 

Os temores do mercado com a possibilidade de uma nova guerra comercial foram amenizados após o presidente dos EUA, Donald Trump, recuar em sua decisão de retaliar a China com tarifas extras de 100% após o país anunciar restrições à exportação de terras raras.

Na recuperação dos mercados, com exceção da Ásia, os índices globais operaram em alta considerável e no sentido contrário, o dólar desvalorizou 0,75% ante o real, cotado a R$ 5,46.

Em destaque no Ibovespa, a Petrobras fechou em alta de 0,94% (ON) e 0,97% (PN) e a Vale avançou 1,49% na sessão, enquanto no setor financeiro o destaque foi o Itaú, com ganhos de 0,40%.

Entre as maiores altas e baixas do índice, Usiminas liderou os ganhos da sessão em alta de 6,35%, enquanto Marfrig teve a maior perda, encerrando em -4,16%.

O mercado internacional inicia a sessão desta terça-feira (14) em queda após Pequim inverter os papéis na guerra comercial ao impor sanções a cinco subsidiárias americanas da gigante sul-coreana de transporte marítimo, Hanwha Ocean, e sinalizar possíveis novas retaliações contra o setor.

O Ministério do Comércio chinês afirmou que as empresas “apoiaram atividades investigativas do governo americano que ameaçam a soberania e os interesses de desenvolvimento da China”.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou que a China está tentando enfraquecer deliberadamente a economia global por meio das novas restrições à exportação de minerais críticos e das sanções impostas a empresas.

Destaque também para o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell sobre política monetária e perspectivas para a economia americana, enquanto as chances de um corte de 25pbs no juro estão projetadas em quase 100% no CME Group para o Fomc do dia 29.

No Brasil, o mercado acompanha a audiência no Senado para defender o projeto de isenção do Imposto de Renda (IRPF) para rendas de até R$ 5 mil, com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Enquanto isso, os investidores seguem de olho no cenário fiscal após a derrota do governo na Medida Provisória (MP) alternativa à cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

As emendas parlamentares podem sofrer um corte de R$ 7,1 bilhões no orçamento de 2026, caso o Congresso não compense a perda de arrecadação com a queda da MP dos impostos.

Manchetes desta manhã

  • Projeto do Imposto de Renda afeta offshores e dá margem para tributar doação (Valor)
  • Israel recebe últimos 20 reféns, e líderes mundiais endossam plano de Trump (O Globo)
  • Incêndio em subestação no Paraná causa apagão em ao menos oito estados brasileiros (Folha)
  • Tarifas sobre madeira e móveis entram em vigor nos EUA (Estadão)
  • BTG fará incorporação do Pan com troca de ações (Valor)

Mercado global em queda com tensão entre China e EUA

Na Ásia, os índices fecharam em forte queda nesta terça-feira após a China sancionar unidades americanas da gigante sul-coreana de transporte marítimo e ameaçar novas retaliações comerciais aos EUA, protagonizando a mais recente etapa da disputa entre Pequim e Washington antes do encontro entre os presidentes Xi Jinping e Donald Trump.

As Bolsas da Europa também operam em queda nesta manhã, seguindo o fechamento do mercado da Ásia após a China introduzir uma nova dimensão à ampla disputa com os Estados Unidos.

Em Nova York, os índices futuros têm queda significativa após a China anunciar novas políticas comerciais contra os EUA.

Confira os principais índices do mercado:

• S&P 500 Futuro -1,2%
• FTSE 100 -0,4%
• CAC 40 -1,1%
• Nikkei 225 -2,6%
• Hang Seng -1,7%
• Shanghai SE Comp. -0,6%
• MSCI World -0,3%
• MSCI EM -1,1%
• Bitcoin -4,6% a US$ 110441,75

Commodities

  • Petróleo: futuros caem em meio ao superávit ainda maior do que o previsto, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE).

    A AIE prevê aumento dos estoques globais de petróleo, com grandes remessas chegando aos principais centros. O relatório projeta crescimento da oferta em 3 milhões de barris por dia em 2025 e de 2,4 milhões em 2026.

    O Brent/dezembro cai 1,82%, negociado a US$ 62,17 e o WTI/novembro cede 1,85%, a US$ 58,39

  • Minério de ferro: fechou em queda de 2,07% em Dalian, na China, cotado a US$ 109,52/ton.

    Em Singapura, os contratos futuros têm forte queda de 2,46%, cotados a US$ 105,20/ton e o mercado à vista cai 1,72%, cotado a US$ 105,55/ton.

Cenário internacional é de expectativa para discurso de Powell

Nos EUA, o presidente do Fed, Jerome Powell, discursa hoje às 13h20, em reunião na Filadélfia. Outros membros do Fed falam ao longo do dia, como Michelle Bowman e Susan Collins.

No cenário do shutdown, o presidente da Câmara, Mike Johnson, afirmou que esta paralização pode se tornar a mais longa da história.

Os cortes atingem, especialmente, os Departamentos do Tesouro, Saúde, Educação, Comércio e a divisão de cibersegurança do Departamento de Segurança Interna (DHS).

No cenário corporativo, destaque para a abertura da temporada de balanços dos Estados Unidos, com os resultados de grandes bancos como Citigroup, Goldman Sachs, JP Morgan e Wells Fargo.

Na Zona do Euro, o índice de sentimento econômico caiu para 22,7 pontos em outubro, atingindo o menor nível em cinco meses.

O resultado, que ficou bem abaixo da expectativa do mercado, refletiu, principalmente, a disputa orçamentária na França.

O FMI divulga hoje a nova edição do relatório Perspectivas Econômicas Mundiais, com projeções atualizadas para o crescimento global.

Cenário nacional divide atenção entre fiscal e crise entre EUA e China

No Brasil, a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de agosto é o destaque na agenda econômica, com projeção do BTG Pactual de queda mensal de 0,20% e crescimento anual de 2%.

Na agenda política, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa às 10h da audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, enquanto o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, cumpre agenda em Washington.

Destaques no mercado corporativo

  • Gol: anunciou reestruturação societária que pode levar ao fechamento de capital no Brasil
  • Embraer: realiza evento com analistas e investidores em NY e anunciou mudança do ticker para “EMBJ3” a partir de 3 de novembro.
  • Even: as vendas líquidas somaram R$ 821 milhões no terceiro trimestre de 2025.
  • Camil: anunciou a emissão de R$ 1 bilhão em debêntures.
  • BTG Pactual: ropôs incorporar o Banco Pan, oferecendo prêmio de 30% aos acionistas; Pan se tornará subsidiária integral.
  • Eletrobras: União foi liberada pelo TRF-2 de pagar indenização de R$ 16 bilhões ao fundo Eagle Equity Funds.

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