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Câmbio: Dólar perde força após falas de Powell e Haddad

O dólar fechou esta terça-feira (14) em leve alta de 0,14%, a R$ 5,47. Durante a sessão, a moeda americana perdeu força com a melhora do ambiente internacional, após sinais de alívio entre EUA e China e falas do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.

O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, afirmou que o presidente Donald Trump é um “grande negociador” e que há “horário marcado” para um encontro com o presidente chinês, Xi Jinping.

Essas declarações reduziram parte da tensão comercial, estimulando o apetite por risco. No entanto, o próprio Trump voltou a adotar tom mais duro contra a China no fim do dia, trazendo cautela aos mercados.

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Já Jerome Powell, presidente do Fed, afirmou que o mercado de trabalho nos EUA mostra “riscos negativos significativos” e que as decisões de política monetária seguirão sendo tomadas “reunião a reunião”.

O comentário foi interpretado por analistas como um sinal de que há espaço para novos cortes na taxa de juros americana, o que tende a reduzir a atratividade do dólar globalmente e favorecer moedas emergentes, como o real.

Dólar recua no exterior; real se destaca

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a seis moedas fortes, recuava cerca de 0,20% no fim da tarde, a 99,000 pontos. Confira o gráfico DXY (em tempo real):

O real teve o segundo melhor desempenho entre moedas emergentes, atrás apenas de outra divisa latino-americana. Operadores apontaram que houve realização de lucros após a moeda americana se aproximar de R$ 5,52 pela manhã.

Câmbio também reage a declarações de Haddad

No cenário doméstico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou de audiência pública no Senado e comentou a derrubada da Medida Provisória que substituía o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Haddad afirmou que vai avaliar uma possível “taxação BBB” — que incluiria bancos, casas de apostas (“bets”) e bilionários — antes do avanço do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026.

As declarações mantiveram a percepção de risco fiscal no radar dos investidores.

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