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EUA: Tensão comercial pesa nas bolsas, apesar de fala de Powell

As bolsas dos EUA fecharam esta terça-feira (14) sem direção única. As declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, trouxeram algum alívio ao mercado, mas as novas tensões comerciais entre Estados Unidos e China reduziram o apetite por risco.

Mesmo com a escassez de dados econômicos causada pelo shutdown (paralisação parcial do governo), o mercado segue apostando em novas reduções na taxa básica de juros. Em seu discurso, Powell reforçou a percepção de que o banco central pode continuar cortando os juros ainda neste ano. A dirigente do Fed Michelle Bowman defendeu mais dois cortes ainda em 2025.

Confira o desempenho dos três principais índices de Nova York:

  • Dow Jones sobe 0,44% (46.270,46 pontos);
  • S&P 500 cai 0,16% (6.644,31 pontos);
  • Nasdaq recua 0,76% (22.521,70 pontos).

Movimentações no mercado de ações

De acordo com analistas do Macquarie Group, a resposta da China às ameaças tarifárias do governo dos EUA foi interpretada como uma escalada na disputa entre as duas potências.

Nesse cenário, ações de empresas ligadas a minerais estratégicos — usados na produção de tecnologia — tiveram desempenho positivo. Os papéis da MP Materials subiram 3,78%, e os da Ramaco Resources avançaram 4,06%, refletindo a expectativa de que a demanda por materiais críticos cresça em meio à guerra comercial.

Ao mesmo tempo, a divulgação de balanços trimestrais de grandes instituições financeiras movimentou o pregão. As ações do BlackRock (+3,39%), Citigroup (+3,89%), Wells Fargo (+7,15%), JPMorgan (-1,91%) e Goldman Sachs (-2,04%) reagiram aos resultados acima das expectativas.

A varejista Walmart subiu 4,98% e atingiu recorde histórico após anunciar parceria com a OpenAI que permitirá que clientes utilizem o ChatGPT para fazer compras.

Entre as empresas de tecnologia, a Navitas Semiconductor disparou 26,08% ao divulgar progresso na produção de chips de energia destinados à Nvidia. A AMD também teve alta de 0,77%, impulsionada pelo anúncio da Oracle, que planeja usar 50 mil chips da empresa a partir do terceiro trimestre de 2026.

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