A POCO, submarca da Xiaomi focada em custo-benefício, lançou em 2022 o POCO C40 com uma promessa clara: entregar a maior autonomia de bateria possível pelo menor preço, mesmo que isso significasse sacrificar quase todo o resto. Hoje, em pleno final de 2025, o aparelho só é encontrado no mercado de usados a preços muito baixos. A grande questão é: mesmo custando pouco, a compra de um celular tão antigo e com um hardware tão peculiar ainda faz sentido?
O que ainda se destaca: uma bateria que simplesmente não acaba

O principal e, sendo honesto, o único ponto que ainda impressiona no POCO C40 é sua imensa bateria de 6000mAh. Para os padrões atuais, essa continua sendo uma capacidade excelente, que se traduz em uma autonomia fantástica. Graças ao seu hardware de baixo consumo, a bateria do C40 pode facilmente durar dois dias inteiros de uso leve a moderado, algo raro até mesmo em modelos novos.
O grande problema: um desempenho que envelheceu muito mal
Aqui mora o motivo da controvérsia do POCO C40 em sua época e a razão pela qual ele não é uma boa escolha hoje. Ele não usa um processador comum da Qualcomm ou MediaTek, mas sim um chip pouco conhecido chamado JLQ JR510. Se já era considerado lento para tarefas básicas em 2022, em 2025, com aplicativos e sistemas operacionais mais pesados, essa lentidão se tornou um problema crítico. A experiência de uso é frustrante, com engasgos constantes e uma lentidão que testa a paciência até do usuário mais calmo.
Tela, câmeras e software: um conjunto completamente datado
A tela do POCO C40 é grande, com 6.71 polegadas, mas sua resolução é apenas HD+. Em um painel deste tamanho, a baixa definição de imagem é muito perceptível, resultando em textos e ícones serrilhados. O conjunto de câmeras, com um sensor principal de 13MP, é extremamente básico e só consegue capturar imagens funcionais em condições ideais de luz. O software é o ponto mais crítico: o POCO C40 foi lançado com o Android 11 e não recebeu atualizações de sistema operacional ou de segurança relevantes, o que o torna vulnerável a falhas e ameaças digitais em 2025.
Pontos positivos e negativos em 2025
Pontos Positivos:
- Preço extremamente baixo no mercado de usados.
- Bateria de 6000mAh com autonomia fantástica.
- Tela grande para consumo de vídeos.
Pontos Negativos:
- Desempenho muito lento para os padrões atuais.
- Sistema operacional e de segurança completamente desatualizados.
- Câmeras muito básicas e ineficazes com pouca luz.
- Tela de baixa resolução (HD+).
Para quem o POCO C40 ainda poderia fazer sentido?
A recomendação do POCO C40 em 2025 se restringe a um nicho muito específico: como um segundo celular exclusivamente para ligações e WhatsApp, onde a bateria é a única prioridade e o desempenho não importa. Ele poderia servir como um aparelho de emergência, para deixar no carro ou para uma situação de alto risco de perda ou roubo, desde que seja encontrado por um preço simbólico.
Veredito final: uma relíquia com pouca utilidade prática
Não, não vale a pena comprar um POCO C40 em outubro de 2025 para ser seu celular principal. Mesmo que o preço no mercado de usados seja muito baixo, geralmente na faixa de R$ 800, os sacrifícios em desempenho, segurança e qualidade de uso são imensos. A frustração causada pela lentidão e o risco de usar um software vulnerável superam em muito o benefício da bateria. Com o mesmo valor, é possível encontrar modelos de entrada usados mais recentes que, embora simples, oferecerão uma experiência de uso muito superior, mais segura e menos estressante.