Salário mínimo sobe e ultrapassa os R$ 1.600 animando trabalhadores brasileiros

O governo brasileiro apresentou ao Congresso Nacional o projeto da Lei Orçamentária de 2026. Este projeto propõe um aumento do salário mínimo para R$ 1.631, representando um crescimento de 7,44% em relação ao valor atual de R$ 1.518. O objetivo do governo é não apenas equilibrar as contas públicas, mas também reduzir a dívida em 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), o que corresponde a R$ 34,3 bilhões.

Na visão do governo, alcançar um déficit zero até 2025 é a meta ambiciosa traçada para garantir o equilíbrio fiscal e melhorar a saúde financeira do país. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, destacou que a estratégia envolvida na apresentação desta proposta orçamentária tem como foco a obtenção do melhor resultado fiscal em 15 anos, visando um superávit não dependente de despesas extraordinárias.

Quais são os principais desafios do orçamento de 2026?

Salário mínimo sobe e ultrapassa os R$ 1.600 animando trabalhadores brasileiros
Carteira de trabalho e dinheiro – Créditos: depositphotos.com / rafapress

Um dos desafios mais significativos do orçamento é lidar com o crescimento das despesas primárias, que terão um aumento de aproximadamente R$ 168 bilhões. Este aumento está previsto para ser acima da inflação, projetada em 2,5%, totalizando um teto de R$ 3,2 trilhões, com R$ 2,4 trilhões sob o arcabouço fiscal.

Grande parte desse aumento se deve às obrigações obrigatórias, como a previdência social, sendo que apenas uma pequena parcela, 7,6% do total, é destinada a despesas não obrigatórias.

Além das despesas primárias essenciais para a manutenção da máquina pública e investimentos, o orçamento global incorpora custos de rolagem de dívida pública, elevando o valor total para R$ 6,5 trilhões. Esta quantia considera as necessidades de financiamento do governo para manter a estabilidade econômica do país.

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Quais áreas são priorizadas no orçamento?

O orçamento cumpre os principais pisos estabelecidos, destinando R$ 245,5 bilhões para a saúde e R$ 133,7 bilhões para a educação.

Também contempla R$ 83 bilhões para investimentos, R$ 70 bilhões para o Fundeb, e R$ 40,8 bilhões para emendas parlamentares.

Estas ações visam garantir suporte contínuo aos setores mais críticos da sociedade, priorizando a melhoria da infraestrutura e os serviços básicos prestados à população.

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Como o governo pretende manejar receitas e impostos?

A expectativa de receitas extras foi reduzida pelo governo, de modo a apresentar números mais realistas e atingir um equilíbrio fiscal eficiente. Com uma previsão de arrecadar R$ 19,8 bilhões através da redução de benefícios fiscais, a administração também espera uma perda de R$ 5,2 bilhões em função de um tratamento tributário diferenciado aplicado aos datacenters.

As projeções econômicas incluem um crescimento do PIB de 2,44%, levemente reduzido em comparação aos 2,5% projetados anteriormente, enquanto a inflação medida pelo IPCA ajusta-se para 3,6%, após uma previsão anterior de 3,5%.

Entre as iniciativas projetadas no orçamento, destacam-se os investimentos no programa “Mais Médicos”, no qual alocaram-se R$ 4,7 bilhões, e no “Agora tem Especialistas”, com R$ 3,5 bilhões. Programas sociais como o Bolsa Família e o Auxílio-Gás também são priorizados, respectivamente com previsões de R$ 158,6 bilhões e R$ 5,1 bilhões em aporte, visando proporcionar suporte financeiro contínuo às camadas mais vulneráveis da população.

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