A possibilidade de novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos contra a China, anunciada pelo presidente americano Donald Trump, provocou forte reação nos mercados desde sexta-feira (10) e impulsionou o dólar.
A moeda norte-americana subiu mais de 3% na última semana, com grande parte desta alta concentrada no último pregão. O movimento foi além do câmbio e refletiu tanto na Bolsa brasileira (queda de 2,44%), quanto nas criptomoedas, que se aproximaram dos US$ 100 mil.
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A análise é de Sergio Ricciardi, sócio da Wiser | BTG Pactual, no novo episódio do podcast Perspectivas da Semana, publicado nesta segunda-feira (13), no YouTube do Monitor.
Segundo ele, a tensão entre as duas maiores economias do mundo reacendeu temores de uma nova guerra comercial e afetou diretamente os preços de ativos de risco. Confira a análise na íntegra:
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Dólar dispara com incerteza geopolítica
Ricciardi explicou que o anúncio de Trump, sobre elevar tarifas de importação ligadas a terras raras — minerais estratégicos usados em tecnologia —, aumentou a aversão ao risco global. A China é o maior produtor desses insumos e já vinha impondo restrições à exportação.
Com a notícia, os mercados reagiram de forma imediata: o dólar subiu 3,34%, o S&P 500 registrou uma das maiores quedas diárias do ano e o Ibovespa acompanhou o movimento, fechando a 140.680 pontos. Já os títulos do Tesouro americano de 10 anos caíram 1,5%, encerrando a semana em 4,05%.
Volatilidade marca início de outubro
O sócio da Wiser observou que, apesar do tombo inicial, parte das perdas foi recuperada após Trump amenizar o discurso em sua rede social. Ainda assim, os investidores mantêm postura cautelosa, à espera de novos desdobramentos.
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Ricciardi destacou também que a agenda da semana inclui declarações de membros do Federal Reserve (Fed) e a expectativa pelo Payroll, relatório de emprego dos EUA, que segue sem ser divulgado em meio ao shutdown.
No Brasil, os destaques serão os dados de serviços, vendas no varejo e o índice de atividade econômica.